Viagens no pós-pandemia já é possível sonhar com as próximas férias com tranquilidade
Viajar é menos perigoso para quem tomou duas doses da vacina, mas o isolamento é a maneira mais segura de não ser contaminado. 

Quanto mais a vacinação avança e os números de novos casos graves de coronavírus diminuem, maior é a sensação de que logo as coisas voltarão ao normal. E à medida que a rotina vai sendo retomada, antigos planos podem voltar a ser traçados. As viagens de férias estão nesse pacote. Com mais de um ano e meio de restrições mundo afora, tem muita gente sonhando com as viagens e pensando em como aproveitar sem se colocar em risco.

Para a infectologista do hospital Sírio-Libanês e diretora da clínica Regenerati, Keilla Freitas, viajar é menos perigoso para quem tomou as duas doses da vacina, mas o isolamento é a maneira mais segura de não ser contaminado. “Hoje, conforme a vacinação avança tanto no Brasil quanto no exterior, estamos melhores do que alguns meses atrás. No entanto, não existe perspectiva para falar em fim da pandemia”, destaca a médica.

O maior problema, de acordo com a infectologista, é o surgimento de novas variantes. “Quanto mais o vírus circula maiores as chances de surgir uma nova cepa resistente às vacinas que temos hoje. Se isso acontecer, teremos um grave problema, pois teríamos que começar o processo de imunização novamente”, reforça. A única forma de minimizar essa ameaça, segundo ela, é acelerar o processo de vacinação.

Se não pode viajar, planeje

E se ainda não é seguro viajar, o momento é de planejar. Cleoni Garcia, agente de viagens, diz que vários clientes já começaram a remarcar viagens e pensar em novas, mas que os destinos internacionais ainda estão incertos. “Não existe hoje um canal que tenha 100% das informações da viagem. Eu tenho que buscar em site de companhia aérea, de operadoras estrangeiras, sites de empresas brasileiras”, revela.

Cleoni afirma que os destinos nacionais têm sido mais procurados, já que por aqui é mais fácil modificar os planos e até remarcar passagens e hospedagens. Medidas provisórias que acabaram convertidas em lei garantem alguns direitos aos passageiros que estavam com viagens compradas e precisaram mudar de ideia em decorrência da pandemia. Muitos, porém, ainda não recuperaram o valor utilizado para as compras. O ideal, por enquanto, é se preparar.

Guardar dinheiro, estudar sobre o destino de interesse, saber quantos dias são necessários, pesquisar hotéis ou acomodações como casas e apartamentos, quanto de dinheiro será necessário para cada dia. Essas são algumas dicas da agente de viagens. Ela também destaca que a documentação é parte importante desse planejamento.

“O passageiro pensa no dinheiro e esquece dos documentos. Passaporte, por exemplo, tem custo alto”, alerta. Ela lembra que nem sempre é rápido emitir o documento e também orienta que as pessoas se informem sobre a necessidade de visto. “O visto tem que estar disponível no tempo hábil para viajar. Os Estados Unidos ainda não abriram, mas a agenda para o visto americano é outubro de 2022”, avisa.

Se pode viajar, cuide-se

E para quem já consegue viajar, seja a trabalho ou de férias, as recomendações da Organização Mundial de Saúde devem ser seguidas. “Uso de máscara e higienização das mãos minimizam, e muito, as chances de contágio”, reforça Keilla. Ela diz que o distanciamento mínimo de 2 metros de outras pessoas também deve ser mantido.

A médica também indica que o álcool em gel esteja sempre por perto e que locais fechados, mesmo com ar condicionado, sejam evitados. “Em restaurantes, o melhor é sentar-se em mesas em lugares abertos com distância mínima de 2 metros entre uma e outra”, exemplifica. Ela também acredita ser muito difícil que o contágio ocorra pelo simples manuseio de copos e talheres, mas que uma higienização bem simples já resolveria o problema.

Depois da viagem a infectologista aconselha que a pessoa lave as roupas assim que chegar ao destino e se certifique de que o quarto do hotel foi higienizado antes da chegada. E mesmo quem já foi imunizado deve tomar os mesmos cuidados. “Hoje vemos uma luz no fim do túnel, mas só poderemos dizer que a pandemia está controlada quando tivermos 75% da população completamente vacinada”, conclui Keilla.

 

Via: semprefamilia

 

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